Os vilões das altas contas de luz sempre foram conhecidos. Ar-condicionado gelando o dia inteiro naqueles dias de verão, chuveiro elétrico fervendo nos gelados invernos da região Sul, máquina de secar roupa trabalhando sem parar… Agora há um novo candidato a liderar o consumo de energia de uma residência: o carro elétrico.
Para calcular os gastos de um carro a gasolina, por exemplo, é só dividir o preço do combustível pelos quilômetros percorridos ao gastar 1 litro. Assim sabemos quanto dinheiro foi literalmente queimado para chegar a um destino.
A energia elétrica requer mais contas e, por isso, aqui vamos focar nos custos da energia em si. Os tributos e encargos variam para cada município, além da bandeira vigente. Os valores abaixo foram aferidos em setembro de 2024 para os Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Pará e para o Distrito Federal.
No estado gaúcho cada kWh residencial custa R$ 0,6889, o que coloca o Rio Grande do Sul na segunda posição deste comparativo quando o critério é preço de energia mais em conta. Portanto, se o consumidor precisar carregar de 0% até 100% de bateria no Yuan Pro ele vai gastar R$ 31,07 mais encargos e taxas. E rodando a autonomia total, cada quilômetro vai custar R$ 0,12.
Em São Paulo a cada quilômetro o utilitário esportivo da BYD iria gastar os mesmos R$0,12 nos critérios de arredondamento. Como comparação, se considerarmos os 13,5 km/l que o Inmetro aferiu para o Fiat Mobi, o custo por cada quilômetro percorrido é de R$0,43. Aqui usamos como referência o preço da gasolina para o consumidor final.
No Distrito Federal cada kWh custa R$0,77. Ao jogar os números, podemos calcular que ao rodar 1.000 km pelas largas avenidas da capital o consumidor vai gastar R$138,22 mais impostos. E neste exercício não estamos levando em consideração os custos de manutenção, pois o carro elétrico tende a ter menos serviços necessários se o veículo estiver em boas condições.
Em Pernambuco o consumidor desembolsa R$0,74 para cada 1.000 metros percorridos com o Yuan Pro. Portanto, para “encher o tanque” em casa são necessários R$33,57 mais encargos.
E na região Norte é preciso gastar mais dinheiro para completar a bateria de um carro elétrico. No Pará cada kWh sai por R$0,94, o que faz o preço de cada quilômetro com o BYD saltar para R$0,17. O que é ainda bem mais barato do que a gasolina que, segundo dados da Petrobras, tem preço médio de R$6,09 no Pará.
A conclusão é que a conta de luz da residência vai aumentar, mas isso ainda é menos dinheiro do que o que um veículo convencional a combustão gasta com combustível. Por isso, sempre devemos fazer o cálculo do custo por quilômetro rodado para termos uma boa comparação. E a dica é colocar o veículo para recarregar a noite, quando o custo é menor, e aproveitar os pontos de recarga públicos que ainda não cobram pela energia elétrica.
fonte: www.autoesporte.globo.com